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serviço de Deus, procedendo com o seu grande zelo e limpeza, com a qual se despacharam e castigaram muitos delinquentes, conforme as suas culpas e outros padeceram pela justiça; e al não disse.

Do 70 artigo disse que sabe como fôra culpado um criado delle governador por nome Vasco Marinho, na morte de um homem e andando ausente, o dito governardor déra ordem com que fosse preso e levado á cadeia publica desta villa pelo meirinho da Correcção, onde se livrou ordinariamente, diante do ouvidor da capitania, e appellando da sentença que lhe dera este para o ouvidor geral, que havia de despachar com o governador, por ser causa de morte, o mesmo governador concedera por provisão suas vezes ao capitão Manoel Mascarenhas, por se achar peiado, tratando-se de um seu criado, e foi confirmada a sentença do ouvidor da capitania, que foi de quatro annos de degredo; e al não disse.

Do 8° disse que sabia como o governador mandara prender a João Rodrigues de Almeida, capitão que fora do Recife, por se dizer mandara matar a Simão Ribeiro, escrivão da Camera desta villa; e al não disse.

Do 9° artigo disse que era verdade que o dito governador extinguira dous capitães e muitas praças mortas e vantagens e praças desnecessarias na fortaleza do Rio Grande, onde se gastava muita da fazenda do dito Senhor, no que aproveitou muito à sua fazenda, como era notorio; e al não disse, nem do decimo. Do 11, disse que era verdade que o dito governador mandara entrincheirar esta villa com trincheiras de terra e faxina, sem nisso gastar nada da fazenda de Sua Magestade; e al não disse.

Do 12°, disse que era mandara reparar o forte do

verdade que o dito governador Recife, fazendo-lhe um canto que estava cahido, guaritas o reparos e o lageara de pedra, tudo sem custar nada á fazenda de Sua Magestade, por se pagar da imposição que o povo poz; e al não disse.

Do 13o, disse que por haver muita falta d'agua nesta villa o dito governador mandara vir um rio por nome Beberibe, de agua muito boa, por uma grande levada de caminho comprido, á custa

da dita imposição, que fôra obra mui util, e corre hoje a agua na dita villa; e al não disse.

Do 14°, disse que era verdade que, tendo Sua Magestade man lado a Dom Francisco de Souza e a Manoel Mascarenhas que enviassem gentio petiguar ás capitanias do sul, por estarem para se despovoar muitos engenhos, do que havia muita perda para a fazenda do dito Senhor e dos seus vassallos, elle, o dito governador, tanto que aqui chegára, preparara esse soccorro' mandando mil e tantos petiguares pa aquellas capitanias, onde têm feito muita guerra aos aymorés e os mais effeitos que se pretendiam; e al não disse.

Do 15o, disse que era verdade que o dito governador carregára muito pau Brazil, por estar acabado o contracto, e o mandara entregar aos veadores da fazenda do dito Senhor, para que do procedido delle lhe remettessem massame, artiheria e mais apparelho para os galeões que pretende fazer, sem custar nada á mesma fazenda e vindo as ditas coisas se porão em effeito; e al não disse.

Do 16o, disse que o dito governador mandara fazer duas jornadas ao sertão, sem despeza da fazenda de Sua Magestade nem de seus vassallos, indo uma descobrir o Maranhão e o rio das Amazonas e indo outra aos negros de Guiné, alevantados e tão damnosos aos moradores desse estado, e isto só com mamelucos e tangos maus da terra, sem levarem outra gente necessaria á defensão da mesma terra, fazendo-as os capitães á sua custa, pela mercê que esperam de Sua Magestade e por algum resgate licito de escravos que o gentio tem em cordas para comer, segundo o seu costume; e al não disse.

Do 17o, disse que por achar o dito governador, quando veio a esta capitania, que Francisco de Souza, capitão da Parahyba, tinha mandado ao sertão resgatar indios, contra o Regimento de Sua Magestade e condição das pazes, mandara ao ouvidor Braz de Almeida devassar do dito capitão, e por o constar que algum gentio fôra captivo injustamente, o mandara vir perante si e lhe dera liberdade, por estar em risco de quebrarem-se as pazes e alevantarem-se os outros, o que fizera por conselho de Feliciano Coelho, de Manoel Mascarenhas e de mais capitães, pela qual

causa aquietara-se o gentio e ficara com muita satisfação; e sabe tambem que mandara chamar ao dito Francisco de Souza e lhe extranhara muito o caso, advertindo-o para o adiante ; e al não disse.

Do 18° disse que, achando o dito governador esta capitania falta de ordem militar, de armas e munições e o forte do Recife arruinado, a tulo aculiu como convinha, fazendo capitães, alferes, sargentos e outros officiaes, aos quaes déra companhias, fazendo alardes de gentes de pé e de cavallo, alistando a gente pelos róes das confissões; e al não disse.

Do 19° disse que o mesmo provimento de armas e munições e alardes mandou elle fazer nas capitanias do Rio Grande, Parahyba e Itamaracá, mandando-as visitar pelo sargento-mór Diogo de Campos, ao qual determinara que fizesse inventario destas e das demais coisas pertencentes á fazenda de Sua Magestade, que foram carregadas ao almoxarifado das capitanias; e al não disse.

Do 20° disse que era verdade que o dito governador pessoalmente fôra assistir no Recife, porto desta villa, donde, com sua assistencia, despachara com brevidade, duas frotas de quarenta vellas e todas enviára mui ricas e prosperas, nellas fazendo capitão-mór; e succedendo, no dia, tres rebates de imigos a todos acudira, no dito porto do Recife, com toda gente de pé e de cavallo, estando alli alguns dias, dando meza e gastando muito de sua fazenda ; e al não disse.

Item do 21° disse que em tal disciplina tem elle governa lor a gente destas capitanias que, com a ajuda de Deus e das fortificações que fez, ellas se poderão defender e offender aos imigos, posto que poderosos; e al nãɔ disse.

Do 22° disse que era verlade que, tanto que aqui chegara, o governador fizera com que os padres de S. Francisco e outros religiosos tomassem a seu cargo muitas mais aldeias, por cujo meio se convertem mais almas á nossa Santa Fé catholica e se continua a conservação das pazes; e al não disse.

Do 23° disse que o dito governador era muito inteiro na justiça, guardando-a e procurando se a faça a todos igualmente, sem de ninguem tomar dadivas nem peita alguma, e sabe que de

Fernão Rodrigues Ribeiro, feitor do contrato dos dizimos, engeitara quinze mil cruzados, por ser contra a fazenda de Sua Magestade e o bem de seus vassallos, isto só por lhe pôr o <cumpra-se em seu contrato; e assi ouvira dizer que Manoel Mascarenhas lhe mandara commetter com doze mil cruzados, por João Velho Prego e João Barbosa de Almeida, o que não quiz o governador acceitar, e menos de Antonio Lopes Brandão quatro mil cruzados, como de Antonio de Albuquerque treze escravos, de Antonio Cardoso de Barros um grande pedaço de ambar, que lhe tornara a mandar, e por assim ser e entenderem do dito governador não acceitar nada, nenhuma pessoa lh'o fizera mais; e al não disse.

Do 24° disse que, tanto que chegara a este Estado o dito governador mandara passar provisão para o provedor-mór e mais officiaes não gastarem dinheiro algum do cruzado dos caixões, nem dos defuntos, nem dos emprestimos, como coзtumavam, e sabe que hoje se faz a despeza do Estado com o rendimento dos dizimos, sendo antes pelo contrario, e assim o mandara Sua Magestade, por sua provisão, dahi a quatro mezes depois ; e al não disse.

De 25° disse que todos os annos poupa o dito governador á fazenda do mosmo Senhor mais de 200.000 cruzados, que tanto gasta menos neste Estado, porque, rendendo o contracto de Angola 60.000 cruzados e o dinheiro dos caixões 70.000, pouco mais ou menos, havendo mais o dinheiro dos emprestimos, o que tudo nelle se gastava, hoje se faz a despeza do dito Estado só com o rendimento dos dizimos, o que sabe por assistir nas contas de Matheus de Freitas; e osse gasto passado se fazia pelas muitas praças e ordenados desnecessarios, que sem provisão de Sua Magestade dantes se pagavam; e assim sabe elle testemunha que esse mesmo zelo da fazenda do dito Senhor tem o governador em tudo o mais, pondo grandes diligencias e guardas no estanque do páu Brazil, para o que se mande ver o como se fazia ; e al não disse.

Do 26 disse que era verdade que o dito governador cumpre todas as provisões de Sua Magestade, com muita pontualidade, conforme sua obrigação, havendo por cousa principal de sua

honra fazel-o assim, e ser muito obediente ao dito senhor e assim o ensina e admoesta a seus ministros e vassalos; e al não disse. Do 27° disse que era verdade que a razão por que reparara o governador em duas provisões do dito Senhor fora pela instancia de embargos com que ao cumprimento de uma se veio o povo dos moradores deste Estado por causa das condições enganosas e perjuras que trazia a respeito dos dizimos, obrigando-os a pagal-os como em S. Thomé, de 13, dous, encaixado e á beira da agua, que vem a ser de 10; dous, com a dita despeza, estando em posse de pagar de 10, um, como em toda a christandade, pelas quaes duas condições lhe offereceram cada anno mais para a fazenda de Sua Magestade 70.000 cruzados e por esse respeito poz em pregão o dito contracto, adquirindo lanço de 117.500 cruzados, maior quantia do que aquella pela qual no Reino fòra arrematada, e elle não o fez arrematar, mas apenas mostrou quanto valia mais o dito contracto, para com esse aviso Sua Magestade fazer o que fosse servido e assim accrescentar á sua fazenda nos seis annos muito grande quantia; e para que o mesmo Senhor viss que as duas condições eram dignas de se repararem nellas, as mandou tirar do contrato; e al não disse.

Do 28° disse que na outra, em que elle governador reparara, fòra em razão dos embargos com que vieram os moradores do Recife á provisão da confirmação das terras de sesmarias, que a Camara desta villa dera a um Antonio de Albuquerque, na qual lhe davam licença para fazer umas tercenas, em que recolhesse todo o assucar e páu Brazil desta capitania, sem outrem as poder ter, o que, além de ser estanque, era muito prejudicial ao povo carregar, havendo muitos homens benemeritos com outras tercenas e passos, de que estão de posse ha muitos annos, sem serem ouvidos, nem Sua Magestade ser sabedor disto, como se verá dos ditos embargos e mais papeis que se enviaram com a dita provisão á Meza de Fazenda, que em nenhuma outra reparara, no que fez notavel serviço ao mesmo Senhor, pelas razões sobre ditas ; e al não disse.

e

Do 29' disse que era verdade que o dito governador frequenta e venera as religões, as visita e lhes faz muitas

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