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Duarte Ximenes, estante nesta villa, cavalleiro fidalgo da Basa de Sua Magestade, de idade que disse ser de trinta e tres annos, pouco mais ou menos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos; e ás do costume nada disse.

Perguntado pelo terceiro artigo, disse que era verdade que esta capitania era a mais importante de todas deste Estado, na qual o dito governador fez muitas reformações nas cousas da fazenda de Sua Magestade e fizera mais algumas cousas publicas, uteis ao bem commum desta terra e ao serviço do dito Senhor; e al não disse, nem do quarto.

Perguntado pelo quinto, disse que era verdade que nesta capitania havia odios entre Manoel Mascarenhas, capitão-mór, e Antonio da Rocha, por cujo respeito e melhor os poder aquietar o dito governador se detivera mais alguns mezes nesta terra; que sabe que, tanto que o capitão-mór Alexandre de Moura chegara a esta capitania, logo o dito governador so puzera em ordem para se ir; e al não disse.

Do sexto artigo disse que sabe que, tanto que o dito governador viera a esta villa, fizera despachar muitos feitos crimes e civeis, e se os despacharam, com muita justiça e limpeza, e que alguns padeceram por justiça ; e al não disse.

Do setimo disse que era verdade que, sendo culpado Vasco Marinho, criado do dito governador, que andava ausente, por morte de um homem, e sabendo elle que o mesmo estava, com outros criados seus, em uma logea, mandara recado ao meiri. nho da Correição que o viesse prender, como prendera e levara & cadeia publica desta villa, donde se livrara diante do ouvidor da capitania e sahira por sentença dogredado, a qual fòra por appellação ao ouvidor geral, que sentenciara e confirmara, acom panhado de Manoel Mascarenhas Homem, a quem o dito gover▾ nador dera provisão, por se achar peiado, em razão de ser seu criado; e al não disse.

Do oitavo disse que era verdade que o dito governador mandara prender a João Rodrigues d'Almeida, capitão que fôra do Recife desta villa; e al não disse.

Do nono disse que, tanto que aqui chegara o dito governador, reformara muitos gastos que se faziam da fazenda de

Sua Magestade, mandando se não pagassem muitos ordenados, como a capitães-móres de artilheria, capitães nas partes da Bahia, e outros muitos officiaes ; e al não disse.

Perguntado pelo decimo, disse que sabia que o dito governador mandara extinguir o forte de Ynhobi, por não ser de nenhum effeito, no qual se gastava cada dia muito dinheiro com soldados e com o capitão delle, o que tudo fez com junta de capitães; e al não disse.

Perguntado pelo undecimo, disse que sabia que o dito governador mandara entrincheirar esta villa de trincheiras muito fortes, sem gastar nada da fazenda de Sua Magestade; e al não disse.

Do duodecimo disse que era verdade que o dito governador mandara fazer um canto do forte do Recife, repara-lo e lagea-lo de pedra, á custa da imposição do povo ; e al não disse.

Do decimo terceiro disse que era verdade que por haver muita falta d'agua nesta villa, occupando-se muitos escravos dos moradores em ir busca-la, mandara vir um rio mui grande por uma levada de mais de uma legoa; e al não disse.

Do decimo quinto disse que era verdade que por o contrato do pán estar acabado, mandara o dito governador mil quintaes delle a entregar aos veadores da fazenda de Sua Magestade, para lhe mandarem massame, destinado a dous galeões, sem custo da mesma fazenda, porque os gastos sahiram dos fretes, e vindo as ditas cousas se poderiam pôr em effeito; e al não disse.

Do decimo sexto disse que era verdade que o dito governador mandara fazer duas jornadas, uma a descobrir o Maranhão e o rio das Amazonas, e outra contra os negros de Guiné, alevantados, mui damnosos aos moradores deste Estado, sem despeza da fazenda de Sua Magestade, e sem tirar da capitania a gente necessaria á defensão della, o que se fizera só com mamelucos e tangos mãos e á custa dos capitães, com esperança de Sna Magestade lhes fazer mercês; e al não disse.

Do decimo setimo disse que era verdade que o dito gover nador, pouco depois da vindo a esta villa, mandara ao desembargador Braz d'Almeida devassar do capitão da Parahyba,

Francisco de Souza Pereira, sobre o mandar elle resgatar indios, e constar que fora captivo muito gentio injustamente e por este respeito estavam os outros em grande escandalo, em risco de se alevantarem e quebrarem as pazes, e assim, tendo feito conselho com os capitães, mandara vir os indios captivos e lhes déra liberdade, do que ficaram mui satisfeitos e ao ditò capitão mandara vir perante si e-lh'o extranhara o que fizera; e al não disse.

Do decimo oitavo disse que sabia que, tanto que o dito go. vernador chegara a esta capitania, alistara logo toda a gente de pé e de cavallo, fazendo alardes, assim como fizera capitães e alferes, com muita ordem de milicia; e al não disse.

Do decimo nono disse que era verdade que o dito gavernador mandara visitar as capitanias do Rio Grande, Parahyba e Itamaracá pelo capitão e sargento-mór Diogo de Campos Moreno, e lhe mandara fazer inventario de toda a artilheria e mais munições e cousas pertencentes á fazenda de Sua Magestade; e al não disse.

Do vinteno disse que era verdade que o dito governador fóra ao Recife desta villa, onde com sua assistencia despachara duas frotas mui grandes para o Reino, as quaes iam mui ricas e nas quaes fizera eapitão-mór, e havendo rebates nesta capita nia acudira o dito governador, com gente de pé e de cavallo, ao dito porto, no que gastara muito de sua fazenda com meza, que déra a muitas pessoas; e al não disse.

Do vigesimo primeiro disse que era verdade que em tal disciplina militar tinha o dito governador posto a gente desta capitania que com o favor divino e mais fortificações que fez, se poderá ella defender e offender o inimigo, ainda que mui forte seja; e al não disse.

Do vigesimo segundo disse que era verdade que o dito governador acabara com os padres de S. Francisco que tomassem mais aldeias de gentio das que tinham, no que fez muito serviço a Deus e a Sua Magestade; e al não disse.

Do vigesimo terceiro disse que era verdade que o dito governador era mui inteiro na justiça, procurando se a fizesse a todos igualmente, sem de ninguem tomar dadiva alguma e sabe

que Fernão Rodrigues Ribeiro lhe promettera quinze mil cruzados por o metter de posse do contracto dos dizimos, o que o dito governador não quizera fazer; que Simão Taques lhe promettera cinco mil cruzados, e que era publico que Antonio Cardoso de Barros lhe dava muito ambar, que não quiz acceitar, e Antonio Lopes Brandão lhe mandara prometter muito dinheiro, o que tudo recusara, e de outras muitas pessoas; e al não disse.

Do vigesimo quarto disse que era verdade que tanto que aqui chegara o dito governador, logo mandara passar uma provisão para se não pagar mais o cruzado do caixão, nem tomar mais dinheiro dos defuntos ou de emprestimo, e que só se fazia a despeza deste Estado com os rendimentos de dizimos, fazendo. se, antes de sua vinda com aquelles outros; e al não disse, nem do vigesimo quinto.

Do vigesimo sexto disse que o dito governador cumpria com muita inteireza todas as provisões da Sua Magestade e assim o mandava a todos os seus ministros; e al não disse.

Do vigesimo setimo disse que o dito governador reparara na provisão do contracto dos dizimos a Gabriel Ribeiro, pelas duas condições que trazia, tão prejudiciaes ao povo, pelas quaes The offereceram, em cada um anno, mais sessenta mil cruzados para a fazenda de Sua Magestade, pelo qual respeito mandara pôr os dizimos em pregão, no qual adquirira lanço de cento e dezesete mil cruzados mais para a fazenda de Sua Magestade ; e al não disse, nem do vigesimo oitavo.

Do vinte e nove disse que era verdade que o dito governador era mui amigo das religiões, as frequentava, as visitava e dava muitas esmolas; e al não disse.

Do trinta disse que era verdade que conservava o logar de governador com muita reputação e autoridade, e favorecia as justiças e seus officiaes, aos da fazenda e guerra, e aos homens nobres, tendo sua porta aberta para ouvir as partes, sem ter porteiro, do que lhe nascia ser mui bemquisto; e al não disse.

Do trigesimo primeiro disse que era verdade que, tendo o dito governador novas de como os hollandezes tinham deitado a Antonio de Mello de Castro na ilha de Fernão de Noronha, com

os fidalgos e gente de sua náo, mandara com muita diligencia buscar a dita gente em duas caravellas, que os trouxeram a esta villa, onde gastara com os fidalgos tres mil cruzados e á gente commum dera mantimentos da fazenda de Sua Magestade; e al não disse.

Do trigesimo segundo disse que era verdade que o dito go. vernador man lara com muita brevidade se acabassem as obras da egreja; e al não disse.

Do trigesimo terceiro disse que sabia como o dito governador tinha mandado uma certidão a Portugal de mais páu que os contracta lores tinham carregado alem do seu contracto; e al não disse, nem do trigesimo quarto, quinto e sexto.

Do trigesimo setimo disse que era verdade que, vendo o dito governador como no porto desta villa estavam algumas cousas estanques, as mandara largar para cada um as poder vender a quem quizesse, ganhando sua vida com suas barcas, e mandou que as justiças o almotacéis entrassem no Recife, cousa que dantes não faziam ; e al não disse.

Do trigesimo oitavo disse que sabia que, estando um criado do dito governador servindo o cargo de thesoureiro da imposição, o dito governador lh'o tirara, e mandara prove-lo em outrem, como de facto se provera; e al não disse, nem do trigesimo nono, nem do quadragesimo.

Do final disse que sabia que não faltavam pessoas que, em odio e paixão, sem o dito governador dar a isso causa, se embarcaram para o Reino e lá disseram mal e indevidamente o que não deviam, calumniando o mesmo governador, em razão do dito olio; e al não disse, e assignou com o dezembargador. Fernão Vaz, o escrevi. Duarte Ximenes. Braz d'Almeida.

João de Moraes de Madureira, morador nesta villa, cavalleiro Adalgo da casa d'El-Rei, nosso Senhor, de idade que disse ser de trinta annos, pouco mais ou menos, testemunha jurada aos Santos Evangelhos, pelos quaes prometteu dizer verdade; e ás do custume nada disse.

Perguntado pelo terceiro artigo, disse que era verdade que o dito governador, viera a esta capitania no anno de seiscentos e um, por ser a mais importante deste Estado, na qual não en

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