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Item, perguntado pelo undecimo artigo, disse que era verdade que o dito governador, tomando assento, diante delle testemunha, por onde seria bem fortificar-se esta villa, se assentou se fizessem umas trincheiras, para com ellas ficar a villa mais segura, as quaes se vão fazendo muito fortes nos logares convenientes, conforme o uso de guerra, sem custar á fazenda de Sua Magestade nada; e al não disse.

Item, perguntado pelo decimo segundo, disse que era verdade que o dito governador mandara fazer um canto no baluarte do Recife e as mais cousas ouvira dizer a elle governador e a outras pessoas; e al não disse.

Item, perguntado pelo decimo terceiro, disse que era verdade que o dito governador mandara vir a agua de Beberibe a esta villa, para o que se abrira uma vala de uma legua, e sabe que foi obra util e proveitosa aos moradores da mesma villa, por ser muito falta de agua e haver mister muito serviço para se proverem della, no que se mataram muitas pessoas; e al não disse.

Item, perguntado pelo decimo quarto artigo, disse que era verdade que o dito governador mandara chamar ao Pão Seco, principal do gentio petiguar, para lhe pedir gente para ir correr a Bahia, os Ilhéos e Porto Seguro, porquanto os avmorés tinham muito apertadas aquellas capitanias, pela qual causa tinham sido já largados dez ou doze engenhos e diante delle testemunha se fez a pratica ao dito gentio, em que elle testemunha intercedeu muito e Manoel Mascarenhas tambem, estando presente, e o dito governador soube tão bem pedir, que o gen tio lhe concedeu a gente e lh'a trouxe para esta villa e daqui se embarcaram para a Bahia e Ilhéos, e sabe que tem o dito governador nisso feito muito serviço Sua Magestade e ás ditas partes, sabendo tambem que Sua Magestade tinha escrito ao governador D. Francisco de Souza e a Manoel Mascarenhas para que ordenassem ir essa gente ás ditas partes, o que nunca fizeram, ne n se atreveram a isso; e ai não disse.

Item, perguntado pelo decimo quinto, disse que sabia que o dito governador mandara mil quintaes de pau a entregar aos veadores da fazenda. para lhe mandarem massame para fazer

dois galeões na Parahyba, para que tinha ja ordenado a João Barbosa de Almeida cortar a madeira, tendo o dito governador declarado á testemunha que, tanto que lhe viesse o retorno da quelle páu nas cousas em que o mandara vir, logo havia de fazer os ditos galeões; e al não disse.

Item, perguntado pelo decimo sexto, disse que sabia que o governador tomara parecer, em que elle testemunha fora presente, se era de importancia descobrir-se esta costa até o Maranhão, e, assentando-se que sim, déra licença a um Pero Coelho de Souza para que fosse com a gente solta desta capitania que se lhe ajuntara, para onde eram partidos, á sua custa, sem da fazenda de Sua Magestade lhe dar nada; e assim é que mandara Bartholomeu Bezerra aos Palmares, onde se ajuntam os negros fugidos desta capitania, que fazem muito mal nella; as quaes jornadas eram de muito proveito a este povo, e do que pode resultar muito serviço a Sua Magestade; e al não disse.

Perguntado elle, testemunha, pelo decimo setimo artigo, disse que sabia que dom Francisco de Souza, capitão da Parahyba, mandara a Balthazar de Macedo com outros homens brancos e o Pão Seco com outros muitos indios ao Milho Verde, com o nome de resgate, estando elle de paz, e se travaram de modo que houve mortes de parte assim dos brancos como dos negros, e trazendo-se quantidade destes, captivos, ao dito Francisco de Souza, o governador os mandara largar para que fossem livres, e não fazendo assim poderiam resultar grandes males e novas guerras, e ainda depois lhe fora necessario, com sua prudencia, aquietar os negros e sabe que do caso devassara, e, achando culpado o dito Francisco de Sousa o mandara vir á esta villa para o castigar e usara com elle de misericordia; ė al não disse.

Perguntado pelo decimo oitavo, disse que sabia que o dito governador fizera alguns capitães, dizendo a elle testemunha achara a terra mui falta de armas, munições e ordem militar; e al não disse.

Perguntado pelo decimo nono, o diz como dito tem; e al não disse.

Perguntado pelo vigesimo artigo, disse que o dito governador despachara as ditas frotas e que se não viera do Recife antes de as deitar fóra, nas quaes fizera capitão mór é sabe que nos ditos rebates se achara o governador, onde deu de comer a elle, testemunha, e a outras pessoas, no que devia gastar muito, em razão de ser a terra mui cara; e al não disse.

Item, perguntado pelo artigo vinte e um, disse que o dito governador trabalhava com muita diligencia no provimento desta capitanía e das outras, para que se possam defender é offender o inimigo, vindo a ellas, provendo-as de munições e armas, em forma que estão mais occasionadas para se defenderem do que estavam até aqui; e al não disse.

Perguntado pelo artigo vinte e dous, disse que do conteúdo nelle não sabia senão que conservaram-se as pazes e trabalha-se para que se augmente a christandade do gentio; e al não disse.

Perguntado pelo vinte e tres, disse que o governador trabalha muito para que justiça se faça a todos e sabe que An. tonio Lopes Brandão lhe mandara prometter, em despeito delle testemunha, pelo escrivão da alçada Thomé da Gama, seiscentos mil réis de uma letra e quatro centos quintaes de pau no Recife, para que ouvisse ao dito Antonio Lopes, de noite, ás dez horas e que largaria a não, o que o governador não quiz aceitar, nem as mais peitas conteúdas no dito artigo; e al não disse.

Perguntado pelo vinte e quatro, disse que sabia que o governador não gasta dinheiro dos cruzados dos caixões, nem dos defuntos, antes não gasta mais que o dinheiro dos dizimos deste estado nas despezas delle; e al não disse.

Perguntado pelo vigesimo quinto, disse que assi o declarara o dito governador a elle testemunha: que poupara á fazenda de Sua Magestade, em cada anno, mais de duzentos mil cruzados e assi o ouviu dizer a alguns officiaes de fazenda é sabe tambem que elle tirara muitas praças mórtas e ordenados que se tinham dado sem ordem de Sua Magestade, no que é muito zeloso, como em todo o serviço do dito Senhor e no bem de sua fazenda, empregando muitas diligencias para que se não embarque o páu sem ordem ; e al não disse.

Perguntado pelo vinto e seis, disse que o dito governador cumpre todas as provisões de Sua Magestade inte ran etee sabe que se não cumprira duas fôra porque nisso fazia mais serviço à Sua Magestade; e al não disse, nem do vinte e sete.

Do vinte e oito disse que o diz como dito tem; e al não disse.

Perguntado pelo artigo vinte e nove, disse que sabia que o dito governador frequentava os mosteiros desta villa e lhe fazia muitas caridades, tratando-os com muita cortezia e sabia que elle trabalha com seus criados para que vivam bem e não deem escandalos na terra; e al não disse.

Perguntado pelo trinta, disse que era verdade que o dito governador tinha sempre sua porta aberta a todo o genero de pessoas que delle querem alguma cousa, que honrava muito as justiças e trabalhava para que os do governo da terra fossem os mais nobres della e de melhor condição e nos actos publicos representava bem a autoridade de seu cargo; e al não disse.

Perguntado pelo trinta e um, disse que todo o conteúdo nelle ouvira dizer ao mesmo governador, vindo elle testemunha das capitanias de baixo e assim o ouvira dizer a outras muitas pessoas; e a não disse.

Perguntado pelo trinta e dous, disse que era verdade que o dito governador, tanto que aqui chegara, logo dera ordem para se acabar a egreja, que havia muitos dias estava começada, a qual estava hoje para se acabar; e al não disse.

Perguntado pelo trinta e tres, disse que sabia que o dito governador mandara a certidão conteúda no dito artigo ao Reino e dissera a elle testemunha que tinha mandado a Portugal muitos papeis, que importavam muita ao serviço de Sua Magestade e tambem que mandara muitas provisões ás capitanias de baixo, para que puzessem a fazenda de Sua Magestade em arrecadação, e usassem bem de seus officios; e al não disse.

Perguntado pelo trinta e quatro, disse que sabia que o dito governor mandara ás minas um capitão e dous mineiros, que, segundo dissera a elle testemunha, trouxe de Portugal á sua custa; al não disse.

Perguntado pelo trinta e seis, disse que o dito governador The di sera que mandara fazer o referido livro; e al não disse.

Perguntado pelo trinta e sete, disse que sabia que no Recife desta capitania havia tavernas, estanques e barcos e palha para os navios, de que usara o capitão, e isso lhe consentira o governo da terra, de modo que não deixavam entrar as justiças no Recife para fazer seus ollicios, nem os almotacés fazerem suas correições, o que era muito prejudicial para este povo; sabe que o governador mandara tirar aquelles tributos e que as justiças entrassem no Recife e fizessem seus officios e que cada um dos moradores ganhasse sua vida no modo em que pudesse; e al não disse, nem do trinta e oito.

Perguntado pelo trinta e nove, disse que sabia que os officia es da Camara deram o ofllcio de thesoureiro da imposição a a um seu criado, por nome dom Marinho, o qual servira o dito officio só alguns dias, pois, por ser de muito rendimento e excusar murmurações, o governador mandara aos da Camara o provessem, como depois proverami; e al não disse.

Perguntado pelo quarenta, disse que o governador declarara por algumas vezes a elle testemunho, que lhe davam aquella quantia e o mesmo ouvira dizer a outras pessoas; e al não disse.

Perguntado pelo quarenta e um, disse que era verdade e passava todo o conteúdo no dito artigo, por elle testemunha o saber; e al não disse.

Perguntado pelo quarenta e dous, disse que era verdade e sabia elle testemunha que Manoel Mascarenhas Homem, capitão que fora desta capitania, persuadia a muitos homens, dizendo mal do dito governador, o que fazia com muitas dadivas e gasalhados em sua casa, e sabe que aos que se queixavam do governador, elle embarcava e lhes dava do seu para effeito de dizerem mal do dito governador, sabendo ainda que elle trabalhava em certa ordem de criados do mesmo governador, para que lhe dis sessem tudo o que se passiva na casa deste, dando-lhe por isso dinheiro e com esta ordem houvera algumas vias de cartas que o dito governador escrevia, a Sua Magestade; e assim sabe que o dito Mascarenhas tomara uma carta que vinha de Sua Magestade para o governador, a abrira e levara para Portugal, sem a

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