Aqui me vês de volta Na plaga Americana, Eu o embalei no berço, Cresceu do Pai delicia, Do cepo de Bragança; Quando de um anno elle era. Depois sabes que horrenda Fatal calamidade, C'o turbilhão furente De irosa tempestade, Do pai tambem lhe veio Roubar o terno seio. Mal completava um lustro, E já de todo apoio Brinquedos innocentes De teus altos designios Com ella, que alli todas Resplandecente manto. Com este ao Regio Infante E quando, irosa e fera, Amor e geral centro Vivífica esperança, Com ar alegre e brando; Dobrou a confiança Quando, em assiduo estudo, Desenvolveu sublime Siso e saber em tudo; Dizendo cada labio : Teremos um Rei sabio. Eu que á instrucção e á sciencia Prefiro a sãa virtude, (Não que as despreze e a ellas Preponha quanto é rude) Repetia: ha ae sê-lo Mas com virtude e zelo. E toda as minhas vozes Oh! sim, que nesse tempo Feliz, ameno e novo. Então será de certo A terra um ceo aberto. Porém a impaciencia Findou naquelle instante Por ti abençoado, Mas por mortaes bordado. Um poderoso Archanjo Eu o deixei seguro Ah! tenho do daquella Já meus varios brinquedos Sorrio-se amavelmente Á bella singeleza Do Anginho da Innocencia E scintillou ao riso O Mundo e o Paraiso. |