Sayfadaki görseller
PDF
ePub
[blocks in formation]

A sociedade não toma sob a sua responsabilidade as opinices dos auctores des artigos
publicados no Boletim »

Casa da Sociedade - Rua do Alecrim, n.o 89, 2.o andar

[graphic]
[graphic]

I

O CAMINHO DE FERRO DE LOURENÇO MARQUES

I

Parecer1

Á Sociedade de Geographia de Lisboa a sua commissão africana

Senhores.A vossa commissão africana procedeu gostosamente ao exame e estudo da proposta que vos foi apresentada em sessão de 4 de janeiro, para que a nossa Sociedade novamente represente ao governo, no sentido de promover urgentemente a construcção de um caminho de ferro de Lourenço Marques á fronteira.

A necessidade imperiosa e as conveniencias de varia natureza que este melhoramento representa para o nosso dominio colonial e para a paz e civilisação da Africa do sul, foram já desenvolvidamente expostas, não só na representação social, de fevereiro de 1881, mas nos escriptos e relatorios dos nossos collegas os srs. Augusto de Castilho e J. J. Machado, que a Sociedade publicou e distribuiu largamente na imprensa, no parlamento e no publico.

que

Condensa admiravelmente as rasões do nosso empenho, o trabalho valiosissimo incumbimos ao auctor da proposta e que elle teve a bondade de offerecer-nos, trabalho que juntamos aqui, para que todos Os nossos collegas possam mais uma vez apreciar a alta capacidade e perfeita dedicação do consocio, sr. J. J. Machado.

De accordo com a commissão, e attendendo ás circumstancias occorridas ultimamente, foi a proposta ampliada, como vereis.

Na resposta que nos dera o governo á nossa ultima representação, dizia-se que estava dependente não só da approvação do tratado de Lourenço Marques, mas de que terminasse a guerra da Inglaterra com os boers, a construcção e exploração do caminho de ferro de Lourenço Marques até á fronteira».

Terminada esta guerra, e sabendo-se que caducou aquelle tratado, pelo menos nas clausulas relativas ás relações entre Lourenço Marques

1 Approvado em sessão da Sociedade de 18 de fevereiro de 1882. Representação ao governo em 2 de março.

e o Transvaal, é a vossa commissão africana de parecer que se represente ao governo de Sua Magestade, solicitando:

1.° Que promova, com a maxima urgencia, a construcção do caminho de ferro de Lourenço Marques á fronteira portugueza;

2.° Que o governo attenda á influencia que a independencia dos Swasies (Mussuate) prescripta, sem que Portugal fosse ouvido, na convenção de 3 de agosto de 1881, negociada e adoptada pela Inglaterra e pelo Transvaal, póde ter sobre o districto de Lourenço Marques e nas relações d'este com o estado do Transvaal;

3.° Que o governo nomeie, com urgencia, um agente diplomatico e consular, portuguez e provadamente competente, junto ao governo do Transvaal, e os funccionarios consulares necessarios; para vigiarem na Africa do sul os interesses portuguezes;

4.° Que se mande, quanto antes, estudar e reconhecer os rios Maputo, Tembe, Incomati e Inhampura, visto ser provavel que algum d'elles seja navegavel em grande extensão, e que se estude igualmente o lago Inharrime e as suas relações com o Limpopo, por onde talvez seja facil estabelecer communicações entre os districtos do N. do Transvaal e o nosso porto de Inhambane.

Em commissão, aos 6 de fevereiro de 1882.Visconde de S. Januario=J. V. Barbosa du Bocage=F. de Oliveira Chamiço=A. A. de Serpa Pinto A. de Sarrea Prado Augusto de Castilho=Fernando Pedroso F. J. Ferreira do Amaral Jayme Batalha Reis= F. dos Santos Rodrigo Affonso Pequito Luciano Cordeiro, relator.

=

II

Informação

Apresentada á commissão africana

pelo seu vogal Joaquim José Machado, major de engenheiros

[ocr errors]

Senhores. Em a nossa sessão de 9 do corrente, fui por vós encarregado de vos apresentar, em memoria especial, o desenvolvimento da proposta que, em sessão de assembléa geral, de 4, tivera a honra de submetter á Sociedade, e que ella enviára a esta commissão para que se represente de novo ao governo de Sua Magestade, sobre a conveniencia de se levar, quanto antes, á execução a construcção do caminho de ferro de Lourenço Marques á fronteira.

Já no anno anterior foi esta commissão incumbida de dar parecer sobre uma proposta analoga, e a Sociedade approvou então os seus fundamentos e as suas conclusões, em sessão de 31 de janeiro de 1881, fundamentos e conclusões que se acham publicadas em o n.o 4 da 2.a serie do nosso boletim.

A resposta do governo á representação que a mesa lhe enviou sobre este assumpto não se fez esperar, e em 19 de fevereiro foi-nos dito, pela direcção geral do ultramar, em nome de s. ex." o respectivo ministro, «que estava dependente, não só da approvação do tratado de Lourenço Marques, mas tambem de que terminasse a guerra da Ingla

« ÖncekiDevam »