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III.

D. DIOGO DE SOUSA.

(1586-1598).

Era filho de Francisco Vaz Telles ou Correa, Alcaide-mór de Braga e Ervededo, e de Catharina Correa, e sobrinho do Arcebispo de Braga D. Fr. Bartholomeu dos Martyres, em cuja casa foi creado. Seguindo o estado ecclesiastico, foi feito Conego da Sé de Braga, e dahi elevado á cadeira pontifical de Ceuta (1). Do Padre Franco, Synopse dos Annues da Companhia de Jesus (2), se vê que já estava Bispo desta diocese em 1586, pois diz que foi transferido para Portalegre em 1598, depois de ter governado Ceuta doze annos. Para esse bispado foi mudado por Pilippe II, e nelle confirmado por Clemente VIII; tomou posse a 19 de Julho e governou até ao de 1614 em que falleceu a 9 de Outubro, sendo sepultado em sepultura rasa na capella mór da Sé. Em ambas as dioceses se houve como perfeito pastor, distinguindo-se pela sua caridade, e seguindo os exemplos que recebêra do venerando Arcebispo seu tio (3).

a

(1) Cunha, Hist. de Braga, P. 2. cap. 88; D. Ant. Caet. de Sousa, Agiologia Lusitana, tom. 4. comm. ao dia 16 de Julho, let. A; Carvalho, Corographia, tom. 2.° tract. 6 cap. 1; Conde de Monsanto, Catal. dos Bispos de Portalegre nas Mem. da Acad. de Hist. de 1721.

(2) Ad an. 1614 n.o 13 e seg.

(3) Figueiredo, fol 156.

IV.

D. FR. JERONIMO DE GOUVEA, DE LISBOA, OU CORTESÃO.

(1600-1602).

Com todos estes appellidos é designado este Bispo, que foi natural de Lisboa, religioso de S. Francisco da provincia de Portugal, e um dos mais famosos eruditos e prégadores do seu tempo (1). Tendo seguido o partido de D. Antonio, Prior do Crato, na pretensão da coroa portugueza, foi desterrado para Madrid; mas nessa corte soube por tal modo insinuar-se, que em breve foi nomeado confessor do mosteiro dos Descalços, fundado naquella cidade pela Princeza D. Joanna, mãe d'ElRei D. Sebastião, logar de importancia, e para o qual se escolhiam sempre ecclesiasticos dos mais distinctos. Em 1600 foi promovido a Bispo de Ceuta e Tanger, vindo então a Lisboa; a Imperatriz D. Maria d'Austria o fez voltar para Madrid na qualidade de seu confessor, o que o obrigou a renunciar o bispado em 1602; mas fallecendo ella no anno seguinte veio outra vez para Lisboa, aonde foi Capellão-mór, director dos orphãos do castello e cathecumenos, e visitador do mosteiro de Santos (2). Foi elle quem sagrou em Bispo da Guarda o celebre D. Affonso Furtado de Mendonça, que depois teve tambem as mitras de Coimbra e de Lisboa (3). Em Abril de 1616 benzeu o mosteiro de Santa Martha das religiosas de S. Clara, collocando-se por essa occasião nos alicerces da igreja uma lamina com a seguinte inscripção (4).

(1) Soledade, Hist. seraphica, P. 5,a n.o 825.

(2) Soledade, ibidem; Cunha, Catal. dos Bispos do Porto, P. 2. cap. 42; Lima, Geograph. historica, tom. 1.° p. 369-371; Figueiredo fol. 157.

(3) Figueiredo, ibidem.

(4) Cardoso, Agiolog. lusitano, Comm. ao dia 11 de Maio, let. E.

PAULO V. PONT. MAX. MATHIA. CES. I. ROM. IMP. PHILIPO II. PORTUG. REG. ALMÆ URB. ARCHIEP. DOM MICHAEL A CASTRO. STATUS CONCILIARIO. REGNI MODERATORE. SECUNDO FRANCISCAN. HUJUS. PARTHENONIS. PRÆSULE CURATORE. BONAS. PRECES PRECATO. ET BENED. DOM. HIERON. A GOUVEA SEPTENS. EPISCOP. DIV. MART. MONIALIUM. ABBATISSÆ I. COMMUNI AC ONT. MATRI DICATUM. APRIL. MDCVI.

Falleceu a 11 de Julho desse mesmo anno de 1616, e foi sepultado na sachristia de S. Roque (1).

(1) Franco, Synopsis, ad an. 1631 n.° 8; Figueiredo, fol. 157 vo.

v.

D. AGOSTINHO RIBEIRO.

(1602-1613).

Era natural da Bahia, doutor em theologia, e Conego magistral na Sé de Lisboa. Foi promovido a Bispo de Ceuta, segundo pensamos, em 1602 pela renuncia de D. Fr. Jeronymo de Gouvea, e regeu essa diocese até 1613, em que foi transferido para o bispado de S. Salvador de Angra, no qual succedeu a D. Jeronymo Teixeira Cabral, e que governou até á sua morte em 12 de Julho de 1621. Foi sepultado na sua cathedral (1).

(1) Rocha Pita, Hist. da America, liv. 10. p. 659; D. Ant. Cact. de Sousa, Catal. dos Bispos de Angra nas Mem. da Acad. de Hist. de 1725; Cordeiro, Hist. insulana, p. 277.

VI.

D. HEITOR DE VALLADARES SOTTOMAIOR.

(1613-1625 ?)

Foi natural de Alcochete, e filho de Antonio de Sotomaior: seguindo em Coimbra a faculdade de theologia, nella se doutorou, e foi collegial do collegio de S. Pedro d'essa cidade, e lente da Universidade. Ignorâmos a data da sua promoção a este Bispado; mas como a transferencia de D. Agostinho Ribeiro teve logar em 1613, e em 1625 já a Sé de Ceuta era regida por D. Antonio de Aguiar, vem o seu pontificado a ficar incluido entre esses dous annos (1). A Carta Regia de 20 de Outubro de 1620 avisou este Bispo para não usar de censuras n'aquellas fronteiras sem muita causa e consideração, e para não declarar interdictos sem dar conta a ElRei do motivo (2).

(1) D. Nicolau dc S. Maria, Chron. dos Regrantes, liv. 10.° cap. 19; Manoel Pereira da Silva Leal, Catal. dos Collegiaes do Real Collegio de S. Pedro de Coimbra nas Mem. da Acad. de Hist. de 1725; Figueiredo fol. 158.

(2) Veja-se a Collecção de Legislação do Sr. J. Justino d'Andrade nesse anno.

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