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amizade, a que o mesmo Rei respondeo com reciprocas expressões, por outra tambem escripta da sua propria mão.

Aconselhado o Senhor Rei D. João V. pelos Medicos a fazer huma jornada para recuperar a sua saude sahe do Paço a 14 de Junho, desembarca no mesmo dia em Coina com seus Irmãos os tres Infantes, e em pouco tempo chegárão á Villa de Azeitão. Visitão nessa tarde o Convento do meu Padre S. Domingos, e no outro dia se dirigírão ao meu Convento de Nossa Senhora d'Arrabida. Vão no dia 19 á Villa de Cezimbra vêr huma pescaria: o modo com que forão recebidos nesta Villa. Voltando a Azeitão, vai ElRei dar cumprimento a huma promessa, que fizera ao Senhor Jesus do Bom Fim, na Villa de Setubal. Sua grandiosa entrada pública nesta Villa, e os obsequios que lhe fizerão os seus moradores. Visita os Conventos, Fortalezas, e tudo que era digno de memo. ria nesta Villa. Passa de Setubal á

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Villa de Palmella; assiste no Convento dos Freires de S. Tiago á festa da Visitação de Nossa Senhora, que nesse dia se celebrava. De Palmella passa a Coina, e dahi a Lisboa.

Dá-se noticia da fundação da Igreja do Menino Deos; do luto que se tomou pela morte do Imperador José I., e do modo com que o Bispo Capellão-Mór D. Nuno da Cunha de Ataide recebeo o Barrete de Cardeal.

Sahe o Governador das Armas da Provincia do Alemtéjo Pedro Mascarenhas de Carvalho em campanha. Intenta o Marquez de Bay ganhar o pequeno Castello de Barbacena, e o não consegue pela boa disposição do Capitão Francisco de Carvalho, que O governava com cincoenta soldados infantes, mandados pelo Capitão Jeronymo da Silveira. Intentando depois o mesmo Marquez de Bay com tres mil granadeiros surprender Arronches, Praça mal fortificada, situada da outra parte do Caya, o Tenente Coronel André Ferreira da Cos

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ta, que a governava, rechaçou os inimigos de tal sorte, que os obrigou a retirarem-se com perda de more feridos. A militar disposição do Governador das Armas, Pedro Mascarenhas, fez com que o Marquez de Bay se retirasse sem poder conseguir cousa alguma, a pezar da superioridade do seu Exercito. Recebeo Milord de Portmorre, General das Tropas de Inglaterra, ordem para se retirar.

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Fazendo-se suspensão de Armas entre França, Hespanha, e Inglaterra no Congresso de Utrecht, e ficando os Portuguezes excluidos deste Tratado, e só em campo, foi preciso procurar os meios possiveis para a guerra defensiva, não só na Provincia do Alemtéjo, mas em todas as mais. O modo com que isto se fez, e as providencias que se derão. Recommendão-se reclutas na Provincia d'Entre Douro e Minho, para quatro Regimentos de Infantaria, que com o do Porto tinhão ficado em Alemtéjo, e para dez de Cavallaria

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da mesma Provincia. Manda-se fa zer a mesma diligencia no Algarve, para quatro Regimentos de Infantaria, e hum de Cavallaria. Na Provincia da Estremadura, que gover nava o Duque de Cadaval, se encarregárão as reconducções.

Sitio da Praça de Campo-Maior. Gloria dos defensores commandados pelo Conde da Ribeira. Retirada do Marquez de Bay, depois de dar tres assaltos á Praça sem nada poder conseguir, perdendo neste sitio consideravel número de gente, com pouca perda da nossa parte. Premios que EIRei deo aos defensores da Praça de Campo-Maior. Manda o mesmo Rei reparar as ruinas da Igreja de S. João Baptista, a quem deo huma alampada de prata. Premêa o Infante D. Francisco ao Conde da Ribeira. pelos gloriosos serviços alcançados na defensa daquella Praça.

Chegada de huma frota do Brazil de setenta navios com cincoenta milhões de cruzados, em que vierão as agradaveis noticias de que ficava

socegada a Capitania de Pernambuco das desordens lá succedidas, pela actividade do seu Governador, e se tinhão reparado no Rio de Janeiro os damnos padecidos na invasão dos Francezes; da qual invasão se dá noticia.

Tratado da suspensão de Armas pelos Plenipotenciarios de Suas Magestades, Portugueza, e Christianissima em Utrecht. Jornada do Senhor Rei D. João V. de Salvaterra á Villa de Santarém, onde deo a sua entrada pública. Retirada das Tropas. Portuguezas de Catalunha para Portugal, e o que nesta retirada se passou. Tratado de paz entre ElRei de França Luiz XIV., e o Rei de Portugal D. João V., concluido em Utrecht. Publicação da paz em Lisboa.

Gloriosas acções militares obradas no Estado da India, sendo ViceRei Vasco Fernandes Cesar de Menezes. Tratado de paz feito na Cidade de Gôa entre o nosso Governador, e o Rei de Canará. Tratado de paz entre o Senhor Rei D. João V., e

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